ESCOLHIDOS PARA FRUTIFICAR

Não foram vocês que me escolheram, mas eu os escolhi e os nomeei para que vocês possam ir e dar fruto, e que o fruto de vocês permaneça; para que tudo que pedirem ao Pai em meu nome, Ele lhes conceda. João 15:16.

Essas palavras estão repletas de ensinos doutrinários para todos os fiéis discípulos de Jesus:

1) No discipulado, a escolha é feita pelo Senhor. Quando invertemos essa ordem, geramos conflitos e alimentamos o orgulho de muitos que dizem: "Eu deixei tudo para segui-lo." Embora isso soe bonito, a verdade é que devemos afirmar: "Ele me escolheu, e, assim, consegui renunciar a tudo." Releia o versículo; ele começa com a afirmação: "Não me escolhestes a mim..."

2) O discipulado implica que somos nomeados para produzir frutos. Esse é o resultado da escolha que Ele fez. Perceba que o tipo de fruto mencionado por Jesus é duradouro. Não se trata de resultados instantâneos e sem fundamento. Frutos que perduram decorrem da escolha feita por Ele. Muitas coisas estão sendo executadas em nome de Deus, mas carecem de permanência. Por outro lado, há também inúmeras ações que, de fato, são realizadas em seu nome, e que, em aparência, não revelam frutos imediatos. Pense nos missionários que dedicaram suas vidas sem ter a chance de testemunhar o resultado do seu árduo trabalho. Os escolhidos darão frutos que permanecem.

3) No discipulado, nossas orações são atendidas. O privilégio de ser escolhido vem acompanhado de muitos outros benefícios. Passamos a dar frutos duradouros e ainda temos a graça de ter nossas orações respondidas. Foi Ele quem nos ensinou a importância de orar sempre e nunca desfalecer (Lucas 18.1). Jesus ensinou aos seus discípulos que a oração capaz de receber resposta não é meramente um ato repetitivo da religião, mas sim uma prática que nos aproxima cada vez mais d’Ele. A oração que Ele atende é aquela que estabelece uma comunhão, onde Ele é o centro e não nossas urgências.

A lição de amor do Filho de Deus levou-o a descer, escolher e delegar a essência do seu reino aos discípulos. Fomos escolhidos por Ele e temos a missão de espalhar seu amor, amando as pessoas. Sua compaixão se manifestou ao acolher multidões que buscavam cura, ao tocar leprosos, ao libertar os oprimidos e ao ensinar sobre perdão, mesmo quando estavam prontos para apedrejar uma mulher pega em adultério. Seu amor foi igualmente visível naqueles que o abandonaram nos momentos mais difíceis de sua vida. A vida de Jesus foi uma expressão constante de amor, mas sua maior demonstração aconteceu na cruz: “Ele morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Josenilton Pinheiro

 

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