O ORGULHO DO SABER

"Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal." — Provérbios 3.7

Desde o Éden, o orgulho do saber tem sido uma armadilha perigosa. Eva foi seduzida pela promessa da serpente: “sereis como Deus” — e assim, o desejo de saber mais do que devia a afastou do temor de Deus. O resultado foi trágico. A queda da humanidade começou com a ilusão de uma sabedoria autossuficiente, desconectada da obediência e do temor do Senhor.

O mesmo erro continua. Ser "sábio aos próprios olhos" é um veneno sutil. Disfarça-se de confiança, mas esconde arrogância. Faz parecer que sabemos mais do que os outros — e pior: mais do que o próprio Deus. Essa postura leva o coração a se exaltar, tornando difícil ouvir conselhos, admitir erros ou depender da direção divina.

As armadilhas do orgulho intelectual são muitas: A presunção de que já sabemos o suficiente, a resistência em ouvir críticas ou aprender com os mais experientes, a tendência de desprezar conselhos, especialmente os espirituais e a busca por reconhecimento em vez de humildade diante de Deus.

Mas a sabedoria verdadeira nasce do temor do Senhor. Ela se manifesta não em quem se gaba do que sabe, mas em quem reconhece sua limitação e se submete ao discernimento que vem do alto.

Veja o exemplo do salmista. Em vez de confiar na própria percepção, ele se colocou diante de Deus com humildade:
"Investiga minha vida, ó Deus, descobre tudo sobre mim; examina-me, testa-me, vê se não tomei o caminho errado e, então, guia-me pelo caminho da vida eterna."
— Salmos 139.23-24 (A Mensagem)

Quem teme ao Senhor não vive à mercê dos impulsos nem se engana com a ilusão do saber. Antes, busca constantemente ser guiado por Deus, atento à sua voz, desejoso de aprender, crescer e se corrigir.

Portanto, não se orgulhe do seu conhecimento. Tema ao Senhor.
Não confie na sua própria sabedoria. Tema ao Senhor.
Não siga o caminho da autossuficiência. Tema ao Senhor.

Afaste-se do mal de um coração soberbo e abrace a verdadeira sabedoria.

Josenilton Pinheiro